quinta-feira, 30 de setembro de 2010

RECEITA PARA UMA MÃE FELIZ

É claro que o título acima revela uma pretensão exagerada de minha parte. Provavelmente não existe uma receita pronta e de fácil execução para fazer de nós mães felizes por toda a vida. E se é que exista, não sou eu que a tenho. Portanto, o que vou dizer aqui é, antes do que uma fórmula secreta, uma opinião pessoal. É o que eu tento fazer e o que eu espero ter sempre em mente para garantir o mínimo de frustração possível como mãe. Bom, primeiro tenho que explicar: eu acho sim que o simples fato de se ter um filho já nos garante felicidade eterna e que não há nada melhor e mais prazeroso do que ser mãe. Mas a felicidade de que estou falando agora não é esse sentimento de mãe, que transcende qualquer coisa e que nem dá pra classificar, mas sim a felicidade mais comunzinha mesmo, aquela dos reles mortais, que nos dá um sorriso na boca, infla nosso ego e nos enche de prazer e tranquilidade momentâneos. E pra mim, o segredo pra se ter isso sempre nas nossas vidas de mãe é primeiro acreditar nos nossos valores e segui-los fielmente. Porque é observando como você age perante os outros e perante situações diversas que seu filho vai adquirir os próprios valores e é uma baita de uma alegria ver ele se comportando exatamente como você acha que é correto. Depois disso, é também muito importante que a gente ame, ame e ame e dê todo carinho que a gente julgar necessário e todo o apoio e faça tudo o que acharmos correto fazer, mas nunca, nunca, nunquinha cobre nada em troca. Porque o que eu não quero é jamais ter sequer uma vontadezinha de reclamar que meus filhos não me dão atenção suficiente, não retribuem meu amor e meus incansáveis anos de dedicação e renúncias, como eu já ouvi muitas mães falarem por aí. Porque amor de mãe é pra ser dado mesmo e não emprestado pra depois ser devolvido com juros e correções monetárias. E pode ter certeza que esse amor nunca vai ser dado a fundo perdido, porque tudo vai ser convertido em um filho carinhoso, de bom caráter, bem resolvido, que saberá respeitar e que com certeza vai te amar. E soltar um filho assim no mundo deve dar uma sensação de dever cumprido e uma felicidade que valem milhões de vezes mais do que um “eu te amo” proferido ao léu.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

MISTÉRIOS DA GRAVIDEZ - PARTE I

Eu, me preparando para ser mãe novamente, não deveria estar doce, meiga, terna, leve e iluminada como um anjo saltitando nos jardins do paraíso? Por que diabos então eu só penso em jogar o gato na parede, estrangular o porteiro, bater no vizinho, esfaquear qualquer criatura viva que respire do jeito errado (explicação: todo o jeito, com exceção do meu, está sendo considerado errado), pedir que meu marido e minha filha façam uma viagem de exploração espacial e voltem logo mais, me trancar em um bunker e tacar fogo no que sobrou do mundo?
Horrorizada? Eu também.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

DIGA-ME COM QUEM ANDAS QUE TE DIREI QUEM ÉS

Não me preocupo com as amizades da Clara ainda e imagino que nunca irei me preocupar. Acredito que a educação que damos a ela e a sua inteligência façam com que ela naturalmente se aproxime das pessoas legais e se afaste das que tenham valores muito diferentes dos nossos. É claro que não acho que os nossos valores e a nossa forma de educar sejam, necessariamente, os melhores e mais corretos. Nem sei se existe “O” mais correto. E, por isso mesmo, também não acho que devemos afastar do nosso convívio tudo o que seja diferente. Pelo contrário. Diversidade sempre é bom e é com ela que a gente aprende. Porém, sei o quanto as crianças e os adolescentes podem fazer besteira quanto se unem e me sinto, sim, bem mais confortável sabendo que os amigos da Clara são pessoinhas bacanas, que estão sendo educadas por pais igualmente bacanas. E se você acha que parece besteira falar sobre a influência das amizades nas crianças de seis anos, acredite: aos seis anos esse povo já é cheio de personalidade, cheio de ideias (boas e ruins), sabem influenciar como ninguém e são altamente influenciáveis. E é por isso que eu fico bem feliz que esses amiguinhos de longa data aí de baixo continuem sendo os preferidos da Clara (o que, por enquanto, comprova a minha teoria de que eu não preciso me preocupar).


                              Gi ("minha melhor amiga"), Clara e Brunno ("o menino mais legal da minha turma").

sábado, 11 de setembro de 2010

SOBRE BLOGS ABANDONADOS E FILHAS PODEROSAS

Muito tempo perdido com preocupações bobas, muita importância dada a coisas nem tão importantes assim, muito estresse desnecessário e pouco tempo destinado às coisas realmente boas da vida (espero corrigir isso). Mas volto no melhor estilo mãe coruja, exibindo pra todo mundo as proezas da minha cria. Mas diga se não é a coisa mais fofa mesmo (pena que a qualidade do vídeo não está à altura).




E vendo isso penso aqui comigo (e escrevo pra nunca esquecer): acho que devemos dar muita atenção e incentivar muito o desenvolvimento das habilidades artísticas das crianças. Às vezes acho que damos importância demais ao ensino formal. Porque, na verdade, agora me parece que é bem mais fácil do que eu costumava imaginar ser um bom médico, um bom engenheiro, ou um bom qualquer outra coisa. Basta ter caráter e um pouco de comprometimento. No entanto, a graça na vida é ser algo além de um bom profissional, que trabalha direitinho e volta no final do mês com o dinheiro pra pagar as contas. E esse algo além tem tudo a ver com o lado artístico. Pessoas com sensibilidade artística mais desenvolvida têm maior capacidade criativa, têm um conhecimento cultural mais amplo, têm uma maneira peculiar de encarar as coisas e são, certamente, mais interessantes. Espero que a Clara seja dessas.