sábado, 3 de outubro de 2009

O QUE MUDA COM A MATERNIDADE?

Dia desses participei de um grupo de discussão de jovens mães que diziam que, após o nascimento dos seus filhos, sentiam que estavam se transformando em suas próprias mães. Foi aí que percebi que eu nunca tinha pensado dessa forma . Tinha sim percebido que falo algumas coisas e dou alguns conselhos exatamente iguais aos que ela me dava, mas nunca achei que eu tinha me transformado nela. Talvez porque minha mãe sempre foi bem descolada, o exemplo da primeira geração pós-revolução feminista. E eu, quem diria, virei mãe de carteirinha. Foi essa a grande mudança em minha vida após o nascimento da minha filha. Seguindo o exemplo da minha mãe, sempre quis ser uma mulher independente, bem sucedida profissionalmente e nunca tive nem um esboço de instinto maternal. Até que a Clara saiu de mim, e eu continuei sem me achar mãe e louca pra voltar pro trabalho. Mas daí, os quatro meses de licença maternidade passaram e tudo mudou. A culpa de deixar aquele serzinho aos cuidados de outra pessoa me corroia. Fiquei até doente e só pensava como seria bom ganhar na loteria para parar de trabalhar e ficar o dia inteiro com a minha criança. E assim foram quatro anos de angustia e daquela sensação de "o que estou fazendo com a minha vida afinal?" até que eu tomei a melhor decisão do mundo: parei de trabalhar. Mesmo sem ganhar na mega-sena. E agora ainda estou sofrendo um pouco por ter que levar uma vida um pouco mais franciscana e por depender do dinheiro do maridão, mas estou feliz e realizada como nunca. Descobri ou admiti, afinal, qual é a minha vocação e acho que de todas as fêmeas de todas as espécies, apesar de nós, humanas, tentarmos ignorar. Existimos mesmo é pra cuidar da cria. Felizmente a nossa inteligência nos permite fazer outras coisas além disso. Mas hoje me sinto totalmente confortável e até feliz em admitir que fiz mestrado, doutorado e larguei tudo pra poder dar mais atenção a minha filha, ao meu marido e a mim mesma. Sortudas somos nós, mulheres do século 21, que podemos escolher que rumo dar as nossas vidas sem ficar presas a estereótipos. Ah! E pra não ser injusta, minha mãe é ótima, extraordinária, tudo de bom. E se hj sou uma boa mãe (acho que sou...) é tudo graças à educação e aos valores que ela me passou.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

MENSAGEM DE BOAS VINDAS

Momentos de pânico e desespero. Chiliques nos momentos mais inapropriados. O prazer de voltar à infância e usar o filho como desculpa para fazer coisas já não muito adequadas para sua idade. Deslizes e, porque também não, acertos. Questionamentos, incertezas e muita diversão. Todas as mães têm seus segredos. Vamos compartilhar!
Espero que esse blog seja um lugar agradável e descontraído para que as mães possam falar de tudo um pouco e que as não mães possam ver que a maternidade pode ser bem divertida.