quinta-feira, 15 de março de 2012

HÁ UM ANO

No ano passado, o dia nove de março era quarta-feira de cinzas. Saí cedo da cama, ansiosa porque o carnaval tinha acabado e eu poderia fazer as tantas coisas que ainda me restavam fazer para receber o Theo, que deveria nascer em, aproximadamente, vinte dias. Planos interrompidos por um trabalho de parto que se iniciava naquele momento. Algumas horas mais tarde, o filho vem ao mundo, pequerrucho de tudo, mas completamente saudável, trazendo muita, muita felicidade, pois finalmente estava entre nós depois de ser muito desejado e aguardado. Mas como mãe é chegada em um draminha e gosta de achar que só se sentir feliz é muito pouco, resolvi sentir, também, muita preocupação, incerteza e medo. E eu, que, mãe experiente, achava que estaria livre desses sentimentos nefastos no nascimento do meu segundo filho! Afinal de contas, não ia mais existir o sofrimento da mudança de status (de filha para mãe, de recém casada, que tem o trabalho como principal ocupação e não tem hora pra nada para alguém que vai viver em função de outro alguém que, por sua vez, exige regras, rotinas e horários bem definidos). Pois é. O problema é que, quando se trata de filho e maternidade, a gente nunca tem experiência o suficiente. Ter uma pessoinha que depende infinitamente de você nos braços vai ser sempre uma situação nova, feliz e amedrontadora. O pavor do desconhecido, da responsabilidade, da mudança de uma vida que já estava certa, esquematizada e feliz me tomou mais uma vez e eu me encontrei quase tão angustiada e apavorada quanto fiquei depois do nascimento da minha primeira filha.  A sorte é que segundo filho parece que já chega dizendo: "ai, quanta besteira! Criar um filho é bem mais fácil e divertido do que você fica aí, imaginando. Me dá amor que tudo vai dar certo." E isso é fácil. Amar um filho é a coisa mais fácil que existe. E muito fácil é, também, deixar que ele entre na nossa vida, tome conta dela e vire tudo de cabeça pra baixo. Fácil é largar emprego, mudar convicções, redefinir objetivos e prioridades,  deixar de jantar com o marido e sair com as amigas. E muito mais fácil é se acostumar com a nova situação que a presença de um filho (seja ele primeiro, segundo, terceiro,...) traz e se identificar e amar tanto essa situação que acabamos achando que essa é a única maneira de ser feliz. Tudo isso é, realmente, tão fácil que a gente tem que cuidar pra não deixar tudo, tudinho de lado e viver única e exclusivamente com os filhos e para os filhos. Porque é essa a vontade que temos.
Então, obrigada filho. Obrigada por esse ano maravilhoso em sua companhia. Obrigada por fazer com que eu vivenciasse, mais uma vez, momentos e sentimentos inexplicavelmente bons. E obrigada por permitir que eu aprendesse que eu nunca vou ter vivenciado o suficiente a ponto de não me emocionar profundamente com esses momentos e sentimentos e senti-los com tanta intensidade quanto da primeira vez.


EM UM ANO ...


isso...





virou isso...





REGISTRO PRA POSTERIDADE

Com um ano o Theo:
  • tem quatro dentes (dois em cima e dois embaixo)
  • come muito bem e de tudo, desde banana até salada de rúcula
  • dorme (ou dormia?) muito bem (de uns dez dias pra cá, deu pra chorar por volta das quatro da manhã e acordar de vez em torno das 5:30)
  • fala mamãe, papai, Clara, Chiara, luz, pomada e imita cachorro, gato, passarinho, coruja e porquinho. Porém, se você não for da família ou não tiver um membro da família por perto para servir de intérprete, talvez tenha alguma dificuldade de perceber que os sons que saem da sua boca referem-se, de fato, a essas palavras
  • adora passear e joga beijos e dá tchauzinho quando alguém pega ele no colo, especialmente se esse alguém for o vovô
  • estala a língua quando vê a Dinda e balança a cabeça de um lado pro outro, cantando ah, ah, ah, ah quando vê a Bisa
  • adora a irmã e chama por ela várias vezes durante o dia
  • engatinha e sobe a escada com uma habilidade impressionante e anda, segurando nas nossas mãos, com uma desabilidade impressionante
  • fica muito brabo quando está com sono na hora das refeições
  • adora enfiar o cachorrinho de brinquedo na nossa cara pra gente fazer "au, au, au"
  •  canta e dança de um jeito muito fofo, balançando a cabeça pra um lado e o corpo pro outro
  • não gosta de ficar sozinho com pessoas desconhecidas
  • fica extremamente revoltado quando a comida acaba antes de acabar sua fome (ou sua gula)
  • mexe em tudo que não deve e já quebrou dois objetos de vidro em casa
  • adora andar de elevador e ver os números passando no visor. Fala algo muito parecido com "seis", que é o andar do apartamento da vovó, quando está dentro de um
  • é feliz, simpático, grande, pesado (10 kg e 77,5cm), cheio de energia e dá muita dor nas costas e muita, muita, muita alegria pra quem está por perto

5 comentários:

  1. Olá, Celina! Tudo bem?

    Adorei o blog!

    Gostaria de entrar em contato para fazer uma proposta interessante para o blog.

    Aguardo seu retorno por email:
    anabela.calegaro@gmail.com

    Grata,
    Anabela.

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  2. Eles crescem muito rápido não é...

    muito fofo!

    bj

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  3. Concordo com tudo, ele é um fofo mesmo !!!!!
    Parabéns Théo !! Parabéns Celina ! Missão cumprida !!
    Ah... missão número 18 de 854 na vida dele!rs

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  4. Que lindo o seu post! Adorei!!!
    Amei o seu blog!
    Parabéns pelo filho lindo!!!

    Beijos!

    Lívia.

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  5. Adorei o blog,os posts são curtos e bem resumido! seu Theo é bastante parecido com meu Raphael de 1 ano tmb! seguindo! se puder segue de volta sou nova no blog,bjsss <3
    http://meuspequeninos2.blogspot.com.br/

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