sábado, 26 de fevereiro de 2011

MOMENTO ROSELY SAYÃO

A Clara é uma criança bem inteligente. Ok. Eu sou a mãe e mães sempre acham seus filhos muito inteligentes. É verdade. Mas, tirando esse detalhe, sempre ouvi das professoras da escolinha, do inglês, da música, do ballet, enfim, de tudo que ela já inventou de fazer até agora, que ela se destaca por sua esperteza e facilidade de aprendizado. Daí que a gente acaba acreditando, né. Mas meu objetivo não é ficar usando minha filha pra me exibir (muito). Mesmo porque esse negócio de mais inteligente, menos inteligente rende muito assunto (existem vários tipos de inteligência, como medir a inteligência, o que é inteligência, afinal?). E, sendo ou não a primeira aluna da turma B do maternal C entre todas as pré-escolas pintadas de amarelo da zona sudeste do bairro Y da cidade de Curitiba, eu sempre ia achar um milhão de coisas pra falar sobre minha filha, pra mostrar pra todo mundo e continuar me exibindo. E a mãe que disser que não faz o mesmo está mentindo. Mas o fato é, que com essa onda “a Clara é muito inteligente”, surgem, esporadicamente, ideias do tipo “ela tem que ser mais cobrada e estimulada que os outros”, ou “ ela tem que estar em uma turma a frente”, ou ainda “ ela tem que estar em uma escola que exija mais”. E eu aqui pensando: não tem que ser justamente o contrário, ou eu que não entendo nada? A Clara me parece que vai ser sim uma pessoa que sempre terá certa facilidade pra entender e aprender as coisas, e não seria, então, justamente por isso que eu deveria estar menos preocupada em cobrar, exigir e entupi-la de tarefas? É claro que não podemos deixar de estimulá-la. Inteligência não é, de forma alguma, uma característica que deve ser negligenciada. Mas, enfim, fora a boa dose de estímulo que ela recebe em casa, ela está em uma escola boa, que segue o currículo regulamentar, que se utiliza de um bom material didático e que tem bons professores. No entanto, não é, certamente, uma escola que valoriza a quantidade de tarefas, nem a competição entre os alunos para obtenção de melhores notas, e sim a tolerância, o respeito, a busca pelo conhecimento. E pra mim, esse é o caminho pra fazer uma criança feliz e é dessa maneira que a criança vai aprender a utilizar seu potencial e não gastando horas por dia em tarefas repetitivas e pesquisas sem interesse. E eu, sinceramente, estou muito mais preocupada em fazer da minha filha uma pessoa feliz. Sucesso, realização e o prêmio Nobel são apenas conseqüências.

2 comentários:

  1. E que venham o sucesso e o premio nobel. to contigo, nada de stress. a clara tá no caminho e hoje ser tolerante é mais importante que ser competitivo. bjs
    nanci
    www.minha-alana.blogspot.com

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  2. é isso aí concordo plenamente, agente tem filhos não robôs..

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