quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DOS GATOS PARA O EQUILÍBRIO MENTAL DE PESSOAS DESEQUILIBRADAS

Aqui em casa, além da Clara, do meu marido e de mim, vivem também duas gatas, para surpresa daqueles que me conhecem um pouco. Sim, porque basta me conhecer um pouco pra perceber que eu mantenho um relacionamento um tanto quanto doentio/passional/xiita com a organização, a ordem e a limpeza. E gatos imprevisíveis, que não perguntam se, por um acaso, eu não me incomodaria se eles subissem na cama recém arrumada, ou deixassem seus pêlos espalhados em cima da poltrona nova, ou esparramassem um pouco sua ração no chão que acabou de ser limpo, parecem mesmo não combinar com meu estilo tolerância zero de ser. Já eu, que me conheço um pouquinho mais, digo que tem tudo a ver. As minhas gatas são, justamente, o elemento surpresa, a desordem, o incontrolável nessa estrutura tão cheia de regras e tão perfeitamente previsível que é a minha casa. As gatas me impõem um exercício de tolerância e bom senso que eu não costumo praticar. A Clara, certamente, faz aflorar em mim uma tolerância e uma paciência que eu não tenho a menor ideia da onde surgem. No entanto, nem com ela sou tão permissiva em relação à bagunça e à sujeira como sou com as gatas. O que me parece bastante óbvio: gato é gato. Não vai aprender a enfileirar seus potinhos de ração e a catar os grãozinhos da areia que caem pra fora da caixinha do xixi. E a nós, resta aceitar ou não. E pela minha cabeça nem passa a ideia de não aceitar, de querer se desfazer de qualquer bicho que seja porque ele não tem a capacidade de obedecer a um bando de regras imbecis que a gente costuma inventar e impor. Talvez seja por causa das minhas gatas e, seguramente, da Clara, que eu não tenha me transformado em uma fundamentalista asséptico-organizacional (leia-se louca) total. E o fato das gatas serem, aqui em casa, o que existe de mais natural e espontâneo, fazem com que elas sejam essenciais para o desenvolvimento da Clara. É com as gatas que ela vai, também, aprender a ser tolerante, além de entender, na prática, porque devemos respeitar e ter limites. Ou seja, além dos benefícios já mais do que reconhecidos para o desenvolvimento das crianças, os animais são importantíssimos para manter a sanidade de algumas pessoas. E o fato de eu ter chegado a essa conclusão me deixa até um pouco feliz e faz com que eu acredite que eu não seja tão maluca assim (e qualquer comentário contrário a isso vai ser imediatamente deletado).


E COM VOCÊS, AS GATAS

 GATAS MAGRAS: CLARA E NATASHA


GATA GORDA: CHIARA

2 comentários:

  1. hahhahaha,
    adorei a foto (e a descrição) das gatas.
    esse post foi uma espetada pra mim, que ando com tolerancia zero com a cachorra que esta na fase troca de pelo pré cio... e juro que é pior que a fase terribles twos do filhote. (hummmm, será mesmo?)

    Paciencia! Tolerancia! (tem doses extras pra me emprestar?)

    bjos

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  2. rsrs... adorei !!
    Prometo rever meus conceitos !!

    bjssss

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